segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O blog mudou de endereço


Este sou eu feliz da vida com a nova casa do Contemporama...

Meus caros, o Contemporama agora está hospedado no portal Cidadeverde.com. O convite nos foi feito pela jornalista Yala Sena já há alguns meses e agora concretizou-se.Estou contente que este espaço, que se compromete a observar, divulgar, comentar e analisar a cultura de nosso tempo, tenha ganho mais visibilidade.

Espero que os que me lêem aqui no blogspot continuem a fazê-lo na nova casa. No mais, conto com vossas visitas e prometo providenciar a ferramenta para que postem comentários também. Um grande abraço e obrigado pela atenção.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Teatro nacional nos palcos de Teresina


ALZIRA POWER: uma das três peças que virão à capital em projeto da Petrobrás

Platéias de Teresina, comemorai mais! Nem bem saímos do Festival de Teatro Lusófono e já a partir de outubro os teatros da capital vão receber nada menos que três grandes montagens nacionais de teatro.

Teresina foi selecionada entre as 85 cidades do país que vão receber algumas das 43 peças contempladas no primeiro edital de circulação teatral do Programa BR de Cultura. Confira a programação aqui.

Artistas do porte de Marieta Severo, Andrea Beltrão e Denise Stoklos, entre muitos outros, percorrerão o Brasil com suas mais novas produções em cartaz no eixo sudeste-sul e que dificilmente conseguem chegar a praças mais distantes devido aos altos custos de produção.

Teresina receberá três espetáculos: “Rainha (s) – duas atrizes em busca de um coração”, adaptação de Cibele Forjaz para romance sobre a vida de Maria Stuart, escrito pelo alemão Friedich Schiller; a segunda montagem que virá à capital do Piauí é o infantil “A Bela Adormecida por Lasanha e Ravióli”, de Mônica Biel e Ana Barroso; a terceira e última é “Alzira Power”, com Cristina Pereira e Sidney Sampaio, ator que vive o personagem judeu Benjamin na novela “Caras & Bocas”, da Globo.

sábado, 29 de agosto de 2009

A princesa, os plebeus e o Twitter


Erro gramatical de Sasha causou polêmica: caiu na Rede...

A polêmica que deu o tom esta semana foi o erro gramatical virtual de Sasha, a princesa dos baixinhos, herdeira de Xuxa Meneghel. Ao usar o Twitter da mãe, a menina escreveu a palavra cena com “S” e, sem querer, lançou a mãe num qüiproquó virtual. (Qüiproquó... Português é mesmo língua intrincada, não?!).

Para defender a garota e a si própria – afinal, vossa majestade é responsável pela educação primorosa que Sasha deve estar recebendo – Xuxa saiu-se com essa de que a filha é alfabetizada em inglês. Não pegou. Bem, digo.

Com a desculpa, a rainha dos baixinhos quis fazer um giro, como dizem, e acabou soando pedante e, pior, não convencendo a ninguém. Bastava apenas dizer que Sasha ainda é uma criança no início de um longo processo de aprendizagem , se escrever corretamente – ou no mínimo tentar escrever – é um problema para milhões de brasileiros, inclusive aqueles que estão na faculdade, imagine para um garota na idade da princesinha em questão.

Até onde soubemos, Sasha aproveitou uma brecha nas gravações do próximo filme de Xuxa e postou a frase da discórdia usando o Twitter da mãe. É bem provável que Xuxa não estivesse por perto no momento. Errou por ter deixado a filha sozinha usar uma ferramenta que a pode por em contato com milhares de pessoas. Aposto que Sasha não tem perfil em nenhum site de relacionamento por motivos são óbvios.
E se Xuxa esteve ao lado da filha na hora em que ela fez a postagem? Pior: por que, então, deixou que Sasha escrevesse errado?

Depois do estrago feito, vossa majestade irritou-se com os comentários, usando um sonoro palavrão para devolver os insultos. Ora, quem entra na chuva é para se molhar. Na Internet 2.0 também é assim: você diz o que quer e escuta de tudo também. Absolutely no regrets !!! Essa Sasha vai entender.

Xuxa não é criança. Essa o é Sasha. O aborrecimento da apresentadora veio de uma espantosa desaprovação de um público que até então ela julgara fiel e cordato a extremos. Se Xuxa pensava que entre seus seguidores no microblog só havia admiradores, teve uma grande decepção ao descobrir que eles tem opinião e essa nem sempre é cordata e aprovadora. Os meios de comunicação virtuais têm uma máxima: caiu na Rede, vira manchete. Não tem essa de voltar atrás.

O Twitter tem revolucionado a internet desde a sua invenção, principalmente no mundo das celebridades. Os fãs têm agora um canal direto com seu ídolo – para o bem ou para o mal. No caso de Xuxa, da princesinha Sasha e dos seguidores plebeus, essa interatividade terminou em insurreição e trincou o relacionamento da rainha com seus eternos baixinhos online. Internet não é brincadeira de crianças.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Coldplay manda lembranças


Um registro de show recente da banda inglesa na Dinamarca

Divido com vocês uma das muitas fotos que recebi da assessoria de imprensa do Coldplay. Na imagem, Chris Martin é banhado por uma chuva de papel colorido durante apresentação no festival de Roskilde, na Dinamarca. Bela imagem, não ?! A data da apresentação da banda foi no início de julho. Roskilde é um dos três mais famosos festivais de pop e rock na Europa, ao lado de Glastonburry e Sziget.

Se quiser saber mais sobre os caminhos do Coldplay, acesse o site. Lá tem um photoblog (parece-me que atualizado pelos próprios integrantes da banda) agenda e promoções. Os textos são em inglês. Good coldplaying !!!!

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Riso, memória e lágrimas no picadeiro


TEATRO EXTREMO:grupo português trouxe grande encenação ao Festluso


O riso nunca morre, mas os dentes caem no avançar da idade e os músculos cansados da face transformam uma gargalhada numa máscara mista de dor e choro. A memória, esse martelo, regride para o passado, insistindo em trazer lembranças de um tempo finito, embora glorioso.

Lauren Bacal, quando homenageada no Oscar há alguns anos, irritou-se profundamente com uma imagem sua na juventude projetada no telão. O seu silêncio disse tudo. Se é difícil para o homem comum encarar a decadência, imagine para alguém acostumado às luzes e aos aplausos.

Na noite de ontem, três velhos palhaços velhos – mas não palhaços velhos – subiram ao palco do Theatro 4 de Setembro, atendendo a um anúncio de emprego publicado em um jornal. Felippo, Peppino e Nicollo tiveram um passado glorioso nos picadeiros mundo afora. Dessa época restam exatamente um recorte de jornal, um cartaz amassado e uma garrafa de bebida. No mais, apenas os sarcasmos e as boas memórias do trio, agora encarando a escassez de trabalho na idade avançada.

Esse é o enredo de “Velho Palhaço Precisa-se”, texto do romeno Matei Viscniec, apresentado pelos portugueses da Cia de Teatro Extremo, de Almada, Portugal, na programação do Festival de Teatro Lusófono. Os espectadores tiveram diante de si um brilhante exercício de clown, técnica das mais sublimes da interpretação.

A tragicomédia ganhou fácil a platéia devido à singeleza e o carisma dos personagens. Entre muitas gargalhadas e gagues está presente, no entanto, uma tristeza velada, uma certa nostalgia. O riso ainda é o melhor dos remédios e o segundo melhor professor depois do mundo.

Divertindo-se com seu caleidoscópio de lembranças, o trio de velhos palhaços se reveza na demonstração de talentos individuais, um tentando sobrepujar o outro; o que possa parecer desunião na verdade é o puro medo da exclusão pela velhice: só há uma vaga anunciada para a função nos jornais.

“Velho Palhaço Precisa-se” é uma interessante e comovente alegoria sobre a condição humana. É preciso viver o tempo a seu tempo. Deixar o passado onde ele deve ficar e preparar-se e aceitar o apagar das luzes. Os talentos desaparecem atrás da máscara da idade avançada. Poucos, quase ninguém oferece mais que uma vaga a um velho homem/palhaço que tem coragem de querer voltar ao palco

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

DICA: Paulo Coelho disponibiliza livros inéditos para download gratuito


O escritor e mago (?!)resolveu dar um presentinho aos seus milhares de fãs espalhados pelo mundo e nesta segunda-feira, dia em que completa 62 anos de saga, disponibilizou nada menos que três livros inéditos para download em seu blog. O melhor: é tudo 0800.

Os títulos são "O Caminho do Arco" (aventura), "Histórias para os Pais, Filhos e Netos" (fantasia e contos de fada) e "O Guerreiro da Luz" (compilação de contos). Segundo o próprio escritor, os leitores só terão a chance de conhecer as novas produções na Internet porque ele não pretende publicar os livros da forma convencional.

Se você é como eu, que não tem medo de Paulo Coelho e acha suas histórias inofensivas e mero entretenimento, vá lá e garanta sua leitura.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Da série “Eu odeio...”


Faz 20 anos que Raul Seixas morreu: já foi tarde e nem percebi

Essa quase passou despercebida: faz 20 anos que Raul Seixas morreu. É sério? Nem percebi. Aliás, para lembrar a morte de alguém, esse vulto precisa ser muito valioso sentimental ou artisticamente. Coisa que o defunto tardio não o é. Por mim ele até teria nascido, mas não se arriscaria a cantar. Pelo menos não na minha frente, no meu CD player ou toca MP3.

Sinceramente, acho uma tortura ouvir suas músicas que não dizem nada com coisa nenhuma – coisa de quem parece não ter escrito uma letra sóbrio. Viagem, viagem, viagem, meu caros amigos.

Uma vez me disseram que ele não estaria bem lá do outro lado onde deve ainda estar vagando. Pudera depois de ter cantado tanta coisa ruim.

Para meu alívio quem deve estar tomando todas por conta da efeméride raulseixiana deve ser meu ex-vizinho que promovia sessões longuíssimas de tortura quando resolvia ouvir toda a produção musical do baiano. Tomara que meu ex-vizinho tome todas ouvindo seu ídolo e tenham uma pancreatite tão violenta quanto a que matou o cantor !!!

Odiava ter que ouvir aquelas melodias que fediam a mofo e me lembravam uma roda de bêbados e alucinados tentando acompanhar “eu nasci há dez mil anos atrás” com dez línguas na boca e algumas no bobe.

Gente, o que é “Gita”? Alguém me explique. Os seguidores do hinduísmo deviam proibir fazerem aquilo com o seu “Baghavad Gita”, que significa “Canção de Deus”. E o diabo – com quem parece Raul ter andado se envolvendo - da letra ainda tem a assinatura de Paulo Coelho. Aposto como ele se arrende, aposto.

Não vou me estender e dedicar mais espaço à memória de um cantor cujas músicas me arrepiam – de desgosto, saliento. Já disse que não suporto Roberto Carlos. Coloco agora a estatueta de Raul na mesma estante (com as costas viradas para a rua como um Buda de castigo). E estou preparando mais uma: a de Chico Buarque. Alguém já tentou avisá-lo de que ele não canta, gente ?! E, por favor, em qualquer show que eu estiver NÃO TOQUEM RAUL !!!!!

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Festival de vídeos: programe-se !!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Enterrem os mortos !!!


A banda Information Society volta aos palcos após 16 anos: para o bem ou para o mal.


Foi com incredulidade e estranheza, exatamente nessa ordem, que assisti ao “retorno” da banda americana Information Society aos palcos e ao Brasil, no último domingo, no programa do Faustão. Cantaram uma versão sem graça de What’s on your mind, seu maior sucesso.

Nem de longe os rostos e os corpos muito menos a música de Paul Robb, Kurt Harland e James Cassidy lembrava o grupo que fazia um techno progressivo e mezzo psicodélico dos anos 1980/90 e que parou há 16 anos. O sucesso que fizeram foi tão retumbante que o Information está diretamente ligado à disseminação da dance music e música eletrônica no mundo.

Quem nunca cantou os hits da banda? Quem nunca os dançou? Quem aí lembra do show que eles fizeram na Potycabana? Muita gente, né?! São boas lembranças. E esse é o problema do retorno: o som do Information soa datado, isto é, recende à uma época que já passou, ficou para trás, é finita.

Certa vez ouvi uma frase que faz todo o sentido: quando um artista antigo e fora da mídia volta aos holofotes deve ser por falta de dinheiro. Será que é isso o que acontece com o Information Society? Tomara que não. Tomara que seja apenas saudosismo deles e dos admiradores. Caso não o seja, a banda pode ficar calma porque vai faturar alto nos shows em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Os fãs clubes já confirmaram presença em massa.

Tenho medo desses retornos de astros em ocaso. O que eles tinham de melhor para mostrar já o fizeram. Uma exceção é Morrissey que, segundo a crítica especializada, envelhece como o vinho. Na maioria dos casos, a volta de bandas antigas e datadas aos palcos costumam ser azedas e indigestas como o vinagre. RIP IS.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

O ator nasce para o que é


Johnny Depp em "Inimigos Públicos": de volta aos papéis comuns

A pessoa nasce para o que é. Os atores também. Um exemplo? Johnny Depp. Alguém aí já estava meio cansado dos personagens esquisitões, caricatos e que demandavam muita composição, interpretados à quase exaustão pelo Sr. Vanessa Paradis? Pois é, todo mundo, inclusive ele próprio e eu também...

Muito bem: Johnny Depp está de volta em um papel minimalista, embora protagonista, no interessante “Inimigos Públicos”. Depp interpreta John Dilinger, o mais ousado e abusado gangster de uma quadrilha de ladrões de banco nos Estados Unidos pós-depressão.

O filme é meio lento e modorrento no começo, mas depois engrena. Não fosse a câmera nervosa em algumas cenas, recurso que dá vertigem e serve para despertar a platéia, “Inimigos” poderia ser encarado como um exercício de estilo.

Vale tentar vencer os bocejos do começo para ver Johnny Depp dar uma aula de interpretação usando basicamente os olhos faiscantes, amedrontadores, meigos e intimidadores que criou para o personagem.

“Inimigos Públicos” é um filme violento, frio e charmoso. Emula com maestria e requinte a era de ouro do jazz americano versus bandidos sanguinários que matavam pelo tráfico de bebidas, jogo, roubo a bancos e qualquer tipo de contravenção.

A trilha sonora é toda Billie Hollyday. A heroína – sem trocadilhos, ok? - da produção também se chama Billy, interpretada pela francesa Marion Coutillard, que faz um contraponto como uma moça desamparada e forte ao mesmo tempo que torna-se a obsessão e a ruína futura de Dilinger. Marion capricha nos machadianos olhos de ressaca e manda ver, sem ligar para o Oscar que ganhou com “Piaf”.

Um mimo ao espectador e uma homenagem à Lady Day é colocar ninguém menos que Diana Krall cantando “Good Bye, Blackbird”, música-tema do casal Dilinger-Billy. Pelo conjunto da obra, “Inimigos Públicos” merece uma indicação ao Oscar em 2010, embora não vá levar nenhum: é que os velhinhos da Academia detestam filmes “violentos”.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O jornalismo mundo-cão e medieval


Gravura antiga registra empalamento: sites e TVs locais fazem o mesmo


Na época medieval, quando o valor do homem como ser humano chegou aos mais baixos níveis, as guerras costumavam deixar centenas de milhares de mortos amontoados como se fossem apenas lixo descartado em um aterro sanitário.

Dependendo da crueldade do soberano vitorioso da contenda, eram aplicados alguns requintes às vítimas: o corte das cabeças dos cadáveres e sua exibição como troféus; o empalamento dos vencidos, que depois de mortos passavam dias a apodrecer além dos muros dos castelos, para deleite do rei e horror e medo da população...

Ainda ontem li em um site local chamada de matéria sobre a descoberta de um cadáver em uma vila da cidade. Aparentemente, dizia o texto, tratava-se de um senhor que havia sido atropelado e deixado para morrer. Tudo bem até aí, não fosse a questão do repórter em exibir as fotos da ossada, mas com o alerta “imagens fortes”.

Esse é o velho e nada bom “jornalismo mundo cão” que vez por outra (ou não!) toma de assalto nosso meios de comunicação, ávido na busca de audiência. É aquele velho conhecido, embora desprestigiado, que nos impressos faz pingar sangue das páginas e na televisão nos embrulha o estômago com closes de vísceras humanas, corpos degolados, cabeças rolando, mãos e pés decepados, cadáveres em putrefação, entre outras imagens que nos relembram contra a nossa vontade o quanto vivemos em perigo. Funciona?

Esse jornalismo visceral – é um trocadilho mesmo – já fez a cabeça de muitos comunicadores no Brasil e no Piauí e foi perdendo espaço na grande mídia justamente porque causa asco e em nada acrescenta de informação para o público.

Por enquanto, neste Estado, ainda há muitos colegas que não conseguem largar a brincadeira das escolas infantis americanas de contar e mostrar. Continuam a seguir a máxima de que uma imagem vale mais que mil palavras.

Pergunto a você: no que a visualização de uma foto ou a imagem de um corpo em putrefação acrescenta no seu conhecimento do fato? É mesmo necessário exibir o álbum de fotografias ou o DVD dos melhores momentos do IML? Faz diferença?

Dia desses, o programa Interferência, do qual sou produtor, levou o tema a debate por conta da reclamação de uma telespectadora: ela se sentiu incomodada com “imagens fortes” – lembram? - em uma matéria de TV. O convidado do debate, jornalista Pedro Alcântara, criticou o fato de forma sucinta: a televisão do Piauí nesse ponto precisa crescer. Alguns sites também, acrescento. Se não conseguirem crescer, pelo menos que percam o hábito doentio dos reis cruéis da era medieval. Carne humana só é bacana na música do Arrigo Barnabé.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Warner ultrapassa U$ 1 bi em bilheterias


Sherlock Holmes: mais novidades para 2009

Graças ao sucesso de apenas cinco filmes lançados no primeiro semestre, a produtora americana alcançou a cifra estrondosa, segundo sua assessoria no Brasil. Sim, Senhor !, O Curioso Caso de Benjamim Button, Gran Torino, Se Beber Não Case e Harry Potter e o Enigma do Príncipe fizeram com que a Warner se mantivesse no topo das bilheterias de cinema novamente pela nono ano consecutivo. Em 2004 e 2007 o faturamento da produtora alcançou os U$ 2 bilhões.

Só o lançamento do novo filme de Harry Potter foi responsável por uma quarto do faturamento semestral da produtora. Até essa semana, o filme já havia arrecadado sozinho mais de U$ 400 milhões em todo o mundo.

E a assessoria nacional da Warner revela que a distribuidora está se preparando para o quarto trimestre com filmes muito já badalados como O Desinformante, de Steven Soderbergh, Onde Vivem os Monstros, de Spike Jonze e Sherlock Holmes, de Guy Ritchie (foto), entre muitos outros.

terça-feira, 28 de julho de 2009

A bola, o campo, o palco e a mesa


"A Mesa", espetáculo de estreia dos alunos do curso de teatro de Moisés Chaves. Foto: Xico Piauí

Assim como o futebol, o teatro não é brincadeira. Embora pareça em muitos casos. Quem se arrisca a dar a cara à tapa e ao aplauso está disposta a tudo. Tudo mesmo.

Foi com essa coragem e desapego que sete alunos do curso de interpretação ministrado pelo ator e diretor Moisés Chaves estrearam recentemente a montagem “A Mesa”, inspirada no clássico “O Banquete”, de Platão.

Para quem não lembra, é aquele texto que discute a origem do amor, da busca pela cara metade e coloca na mesma estante – como os gregos e outros antigos faziam – a heterossexualidade e a homossexualidade, sem conflitos.

Foi uma estreia para os amigos e familiares após quatro meses de aulas, estudos e ensaios. Quem conhece o diretor Moisés Chaves sabe que ele é rigoroso e visionário na escolha da prova de final dos seus alunos: já montou, entre tantos, os surreais textos de Arrabal, Sófocles e coisas mais simples mas não menos singelas como Ziraldo.
Iniciar-se no Teatro encarando monstros como esses não é nada fácil. Que o digam os alunos de Mocha. É preciso coragem, irmãos. E ela não faltou a nenhum deles.

OK. São iniciantes, não esqueçamos. Não espere grandes atuações, falas impecáveis, segurança em cena, nuances de personagens bem marcadas... Mas estar na arena pronto para ser destroçado pela ansiedade e descrença da platéia não é brincadeira – ainda mais interpretando Platão !!! - assim como não o é o futebol e o teatro como dissemos antes...

São duas artes, cada qual tem seu campo, mas depreendem se não talento, pelo menos o empenho. Muito empenho. No final do jogo, os deuses da bola e do palco acabam por escolher seus eleitos sem a nossa anuência.

Os novos comensais que se sentaram à “Mesa” para a sua estreia conheciam o jogo, a estratégia e como jogar para a platéia: a eles coube entrar em palco (ou em campo?) e mostrar o que sabem fazer. A nós coube a primeira crítica, o aplauso ou o desdém. Assim como muitos não nasceram para a bola, outros tantos não o fizeram para o teatro. Existe um abismo entre talento e esforço. A diferença é quem consegue atravessá-lo e de que forma. Em “A Mesa” alguns saltaram como ginastas para o outro lado, outros se atiraram ao fundo como pedras. Com esforço podem construir uma escada até o palco.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Warner divulga fotos de "Os Mercenários"


O blog acaba de receber da Warner novas fotos de "Os Mercenários", filme de Sylvester Stallone que conta com um elenco casca grossa formado por Mickey Rourke, Jet Li, Eric Roberts, entre outros, e participação da brasileira Giselle Itié. Na imagem acima, a atriz e Eric Roberts em cena gravada na Louisiana, EUA.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

As epopéias de Paulo José Cunha


Para publicar suas memórias - em poesia, frize-se - o jornalista e escritor piauiense Paulo José Cunha levou uma rasteira de um objeto que é sinônimo dos tempos atuais: o computador. Depois de ter escrito páginas e páginas de "O Perfume de Resedá", um bug levou todas as suas lembranças de infância, registradas na memória virtual da máquina. Depois de uma saga tecnológica, PJC conseguiu recuper as linhas do seu passado. O jornalista, radicado em Brasília, chega em Teresina neste fim de semana para lançar o livro. Confira rápida entrevista exclusiva para o blog.

Por que escrever memórias em forma de poema? Não seria mais fácil fazê-lo em prosa mesmo?
Sim, poderia escrever em prosa, mas sempre me pareceu que infância e memória são dois substantivos que pertencem à natureza da poesia. Preferi escrever dessa forma, aliás numa tradição de contar histórias em versos que remonta aos clássicos como Homero com sua Ilíada e sua Odisseia; Camões com Os Lusíadas; e mais recentemente, por aqui, Melo Mourão com O País dos Mourões e nosso Ferreira Gullar com seu Poema Sujo. O livro nasceu assim, espontaneamente. Se poderia sair em prosa? Sim, poderia. Mas não saiu.

A resedá é conhecida também com suspiro. Tudo a ver com seu livro, né?
Não sabia que resedá também se é conhecida como suspiro. Belo nome, ótima descoberta. Sim, tudo a ver com meu livro, na verdade cada linha dele é um suspioro de saudade de um tempo em que os meninos tinham asas e caminhavam sobre as nuvens. Todos os meninos daquele tempo - e eu fui um deles - sabe do que estou falando, e se identifica com o livro por causa disso. A recuperação das memórias se situa na linha do resgate presente em obras clássicas como "À la recherche du temps perdu" (Em Busca do Tempo Perdido) , de Proust. O que fiz foi apenas registrar, como fez Proust, para não perder para sempre, alguma lembrança da infância perdida. Clarice Lispector dizia que escrevia pra não morrer. Eu digo que escrevo para não deixar a minha memória morrer. Com um detalhe: pouco me incomoda a edição (meu editor, Cineas, sabe disso, e a responsabilidade pelas edições de meus livros é dele. Por mim, não lanmçar ia livro algum). O que gosto mesmo é de escrever, de registrar. Imprimir, botar na rua, fazer lançamentos é a parte chata do ofício. Escrevo para que as memórias não se percam. Publico porque dizem que se tem de partilhar a produião. E lanço em noites de autógrafos para rever os amigos e permitir que eles tomem conhecimento do que ando fazendo. Mas bom mesmo, cachaça mesmo - é escrever.

Que período cronológico de sua vida o livro cobre?
Não seu precisar, até porque são memórias reais e memórias inventadas, além das memórias que me foram relatadas ou de que me apropriei lendo os livros de história, como as aventuras e atrocidades de bandeirantes, entre eles Domingos Jorge Velho, o desbravador das terras do Piauhy. Há coisas no livro que ouvi de minha avó. Há outras que nunca ouvi, apenas imaginei (e quem disse que as coisas imaginadas, principalmente as coisas inventadas, também não constituem parte importante da s nossas memórias? Federico Fellini, em Amarcord, faz exatamente isso).

Depois de recuperar os arquivos do livro de memórias, quando achou que era hora de publicá-los? Não é ainda um homem jovem para publicar memórias?
Só depois de recuperar os arquivos percebi sua importância para mim, para o resgate da minha infância, da minha vida. Não sabia a hora de publicá-lo. Até mostrar os originais ao Cineas, que o levou ao Dobal (que se adiantou e escreveu o prefácio, talvez o último texto que tenha escrito na vida), eu não pensava em publicar nada. Sempre achei (ainda acho) que o texto está incompleto, carecendo de revisão. Já o revisei umas trezentas vezes, conforme os registros do computador, mas toda vez que releio acho que o texto poderia ficar melhor, aí acrescento uma coisinha aqui, um detalhe ali e assim vai. Sim, talvez seja muuito jovem para publicar memórias. Melhor assim. Pelo menos, se mo rrer muito jovem as terei deixado prontas (nem sei bem pra quê, mas já que escrevi, que fiquem aí). Esperar a velhice para publicá-las não me parece o melhor conselho. E não sou tão jovem assim, estou com 58, já venci mais de meio século. Hora de abrir o embornal e ver o que se guardou lá dentro, durante a caminhada...

Acredita que, do jeito como as coisas vão, as próximas gerações de escritores ainda publicarão suas memórias em livros?
Não posso prever. Talvez terminem fazendo-o no cyberespaço. Mas ainda acredito muito na permanência do objeto-livro. É plastico, bonito, prático, agradável ao tato, portátil, não consomo energia, é biodegradável e - o que é melhor - permite uma série de intervenções visuais que a telinha do computador jamais conseguirá registrar. E tem cheiro, cheiro de tinta, cheiro de papel novo. Isso é insubstituível. Se pegar o meu livro, com a bela arte do Antonio Amaral, vai c onfirmar o que estou falando. Da capa às ilustrações do miolo, passandom pelas páginas de guarda das duas contracapas, o livro inteiro é uma perquena obra de arte. O Amaral é foda, um dos maiores e mais completos artistas do Brasil.

Ainda guarda suas memórias recentes no computador?
Não. Não confio nele. Imprimo tudo, principalmenter os poemas. Papel pode sofrer com traças, não com vírus. Na dúvida, guardo vários back-ups em disquetes e pen-drives. E imprimo em papel. Se perder um, tenho o outro. Se perder o outro, tenho o outro-outro. Se quer saber, acho que estou ficando velho (portanto na hora de escrever memórias). Velho e... desconfiado.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Piauí comenta à mesa de Queiroz


O escritor oeirense, radicado em Pernambuco, Dagoberto Carvalho Jr profere palestra no próximo sábado, no restaurante Capitania do Sabor, em Porto de Galinhas (PE), no lançamento do livro "A boa mesa de Eça de Queirós". A escolha do piauiense é porque ele é o presidente da Sociedade Eça de Queirós, sediada no Recife, e que tem como missão divulgar as obras do famosíssimo escritor português.

O lançamento do livro com a palestra de Dagoberto faz parte dos eventos de pre-lançamento da Festa Literária Internacional de Porto de Galinhas (Fliporto), que acontece entre 5 a 8 de novembro.

A noite do lançamento, como não poderia deixar de ser, terá um cardápio tipicamente português à base de Bacalhau à Eça de Queiroz e Pastéis de Belém. A música fica por conta da fadista Margot Cavalcanti.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Antunes e Scandurra às Seis e Meia


O show dos ex Titãs e Ira, respectivamente, acontece na quinta-feira, 30, no Theatro 4 de Setembro. A produção local avisa que os ingressos serão "limitadíssimos" e começam a ser vendidos na próxima segunda-feira, a partir das 9h, na bilheteria do Theatro. Adiante-se pelos telefones 3222 7100 e 9974 1937. P.S.: A abertura local do show fica a cargo do Conjunto Roque Moreira.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Um operário a serviço da fama


Lucas Celebridade como Herodes na encenação da
Paixão de Cristo em Luzilândia: "adoro mídia"



Se a auto-estima tivesse nome e sobrenome eles seriam Lucas Celebridade. Redescoberto pela mídia nacional, passou a ser amado e odiado por milhares; ele já foi até eleito o mais tosco do Brasil por um programa de TV a cabo. O que ele acha disso tudo? “Quero mais, acho que um reality show seria para mim um foco maior”. Na entrevista que segue, o radialista e multimídia fala do cotidiano de astro recém-empossado e revela que todos os cachês que ganha são para comprar comida para sua casa.

Conheci você em um ensaio “caseiro" de fotos. Parece que o mundo fashion lhe atrai, não?
Claro... Todo segmento que você adota é fashion. Meus ensaios sensuais são um diferencial nesse sentido de sensualidade artística.

Você se intitula modelo, radialista e um furacão revelado pela Comunicação. Muita coisa, hein? Como faz pra dar conta de tanta atividade? Como é seu dia-a-dia?
Trabalho como Radialista pela manhã de segunda a sexta, curso Letras segunda a sábado e pela noite apresento eventos e marco presenças vip em movimentos em geral. Todo artista vive nessa vida ensandecida e comigo não poderia ser diferente, para dar conta uso o bom humor de sempre e agendo tudo para que eu melhor me programe.


Você tem ídolos? É fã de alguma grife? Como é seu guarda-roupa?
Angélica, Xuxa, Tatyane Goulart, Juliana Paes, Déborah Secco, Miro Moreira, Daniele Sousa (samambaia)
Bom, sendo modelitos exóticos me torno fã de cara, mas uso muitas roupas por encomendas feitas em costureiras. Meu guarda-roupinhas humilde tem todas as minhas coisinhas que uso no dia-a-dia, sou pobre, mas sou feliz.



O que mais lhe atrai no mundo das celebridades: marcas famosas,
personalidades, lugares paradisíacos?
Holofotes,Assédios de fãs, câmeras, stúdios... Eu queroooooooooooooooooooooooo

Como ficou sua vida depois que "redescobriram" você na mídia
nacional?
Ligações de jornalistas não param e eu amo isso. Chego a dormir com o celular do lado. Mas quero mais, acho que um reality show seria para mim um foco maior.


O que acha de Stefhany?
Linda e com uma voz melodiosa que eu amo muito, sendo que toco suas músicas no meu programa de rádio.
Acho apenas que ela deveria divulgar mais o Piauí, pois todo o espaço que ganho na mídia faço questão de abrir a boca e falar no meu estado maravilhoso.
Mas eu tenho uma história de luta mais triste. Não tenho nem bicicleta pra andar, quando vou a um evento os organizadores mandam me buscar em casa. Tudo o que ganho é para comprar comida pra colocar na mesa lá de casa.



O que achou de ser considerado o mais tosco do Brasil no programa do Marcos Mion? Isso lhe afeta?
Nada... Acho que opinião é peculiar de cada um. Adoro mídia.


Qual o segredo do sucesso? Você se considera realizado?
Realizado ainda não, como disse, quero participar de um Reality show, seja A FAZENDA, BBB OU CASA DOS ARTISTAS. Em São Paulo sei que, ao sair nas ruas, todo mundo me conhece, mas todo mundo mesmo.


Pensa em ampliar a carreira, tipo, se ator ou cantor?
Sou tudo isso que mencionou... Vou lançar um clip com um grupo de crianças. Sou Ator faz tempo, pois participo de espetáculos teatrais em minha cidade.
Sou Cerimonialista (com certificado), Ator (com experiência)... Enfim... Sou Lucas Celebridade.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Harry Potter 6 bate recordes no Brasil e EUA


Harry Potter e o Enigma do Príncipe já domina as bilheterias brasileiras desde as primeiras horas após seu lançamento. Segundo a Warner do Brasil, mais de 270 mil ingressos foram vendidos em pré-estreia para sessões do filme a partir de 0h01 da quarta feira, 15, data da estreia brasileira.

Nos Estados Unidos, o sucesso também já chegou. Harry Potter e o Enigma do Príncipe teve a melhor abertura para sessões à 0h01, arrecadando aproximadamente US$ 22,2 milhões, segundo estimativas iniciais da Warner Bros. Pictures, superando outro filme do estúdio, Batman – O Cavaleiro das Trevas, que chegou a US$ 18 milhões.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Doc comemora 40 anos de Woodstock


O festival de Woodstock, mais importante evento musical da história, completa 40 anos em 2009. Aproveitando a efeméride, a Warner lança o DVD Woodstock, 3 dias de paz, amor e música - Versão do Diretor – uma nova edição, restaurada e remasterizada, do documentário Woodstock - Onde tudo começou. A nova versão traz, além de 32 das principais bandas da época e 250 canções, cenas inéditas, entrevistas e reflexões dos artistas.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Boa leitura sob o mar


Ilustração de versão francesa do livro de Júlio Verne

Walcyr Carrasco é mais conhecido como o autor de textos rebuscados e de sucesso das novelas da TV Globo. Além de ocultar os sujeitos nas falas dos atores – basta assistir a uma cena de “Caras & Bocas” e conferir – seus enredos cheios de reviravoltas e espiritualidade agradam ao público tanto no horário das seis como das sete.

Precisar não precisava, mas Carrasco revela-se também um bom tradutor e adaptador de obras clássicas da literatura cientificista. Ele assina uma deliciosa versão de “Vinte Mil Léguas Submarinas”, de Júlio Verne, publicada pela FTD. Voltado para o público adolescente, trata-se de livro paradidático e traz exercícios de interpretação encartados.

Apesar de ter público certo, “Vinte Mil Léguas”, traduzido pelo autor de novelas, proporciona aos adultos uma leitura prazerosa que acompanha as aventuras do professor Pierre Aronax, seu fiel servo Conseil e o arpoador canadense Ned Land. O trio percorre milhares de quilômetros a bordo do Nautilus, o submarino construído pelo capitão Nemo. Você sabia que o personagem é indiano? Tik !!!

A obra visionária de Júlio Verne foi escrita na segunda metade do século XIX e previu várias invenções tecnológicas que só apareceriam décadas depois. A adaptação de Walcyr Carrasco traz várias notas sobre curiosidades contidas no texto. Boa leitura para as férias. Dos filhos e dos pais também.

sábado, 11 de julho de 2009

Às favas com o rei !!!


Para minha infelicidade estou de molho em casa. Fiz uma pequena cirurgia na boca e a médica recomendou repouso absoluto pelos próximos quatro dias. Mas o que é ruim pode ainda ficar pior: tem show do Roberto Carlos hoje à noite na TV Globo. Pior ainda : não tenho TV a cabo.

Não gosto de Roberto Carlos. Desde pequeno. Na única rádio que havia em minha cidade, todos os dias havia um programa vespertino chamado de “A Hora do Rei”. Morria quando começava. Em casa, todos amavam aquelas baladas mofadas. Uma parenta bem próxima chegava a dizer que queria ser pelo menos o cocô do Roberto. Afe !!!

Juro que não entendia e continuo a não entender tamanha loucura por um cantor que parou no tempo, só canta a mesma coisa sempre e todo ano lança um CD no Natal para alavancar as vendas. Vá lá que de vez em quando ele fala de caminhoneiro, gordinhas, salvem as baleias, etc, etc e etc...

OK. A essa altura acho que já me jogaram uma pedra porque “ele é o rei”. De quem? Meu é que não é. Tudo bem que o cara está fazendo 50 anos de música. Roberto merece mesmo um prêmio por conseguir se repetir tanto, tantas vezes e durante cinco décadas.

Até entendo porque a Globo tem babado tanto o tal rei: meses atrás ele ameaçou trocar a emissora dos Marinho pela Record, que como sempre, colocou um fortuna e meia na jogada. Ele acabou ficando e agora a maior emissora do país se deita para que ele possa passar sobre seu dorso.

Entendo que ele foi um artista importante para o entretenimento nacional enquanto o pau comia sobre os engajados na luta contra a ditadura. Alguém tinha que divertir a massa nos tempos difíceis.

Entendo também que ele deve ter contribuído muito para a formação musical de muita gente que hoje é desesperada por ele justamente porque suas músicas lembram a juventude perdida. Mas acho que essa onda de todo mundo reverenciar Roberto Carlos – do lixeiro à Ivete Sangalo, hoje a artista mais rica e mais pop do Brasil – é meio repetir uma coisa que já virou convenção e se não o fizermos seremos castigados a chibatadas em praça pública. "Toda unanimidade é burra"

Entendo ainda que ele processou o jornalista que escreveu uma biografia – de fã segundo o autor – não autorizada e mandou recolher todos os livros no Brasil porque queria escrever ele próprio a sua biografia; afinal, ninguém conhece mais o rei do que ele mesmo, né? Só ele pode contar sua versão dos fatos...

Durante anos tive receio em dizer que não gosto de Roberto Carlos. Soava como sacrilégio dizer isso, mas tenho que externar a minha indignação ao ficar enclausurado em casa e ter que buscar alternativas para não assistir a um show que por mais que seja novo sabe-se exatamente como vai começar e terminar. E olhe que nunca me atrevi a assistir a nenhum show de fim de ano de RC, descobri tudo pelas duas mil reportagens feitas pela Globo.

Meu único alento é continuar a ler os dois livros que comecei há alguns dias, um clássico e outro de crônicas. Não posso nem mesmo ir à locadora por conta do esforço físico da caminhada. Estou pagando pela boca literalmente. Injustamente porque nunca falei mal do Roberto Carlos em público. Só agora, exatamente no sábado em que ele faz show na TV aberta. Pronto falei.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Portiolli assume o Domingo Legal


O apresentador, Daniela Beiruti e Leon Abravanel

A saída de Gugu Liberato do SBT para a Record tem o mesmo peso se Xuxa Meneghel, nos tempos áureos de Xou da Xuxa, trocasse a Globo por outra emissora. Sílvio Santos bateu o martelo e colocou nas mãos de Celso Portioli a missão de não deixar a peteca do Domingo Legal.

O paranaense, que já comanda os games ensanduichados nas transmissões de duas telesséries nos domingos do canal de TV, há assume o comando da atração que era de Gugu já a partir do próximo dia 12. Gugu só estreia na Record em março de 2010...

Quando foi "descoberto" por Sílvio, o Patrão chegou a dizer que Celso era um forte candidato para substituí-lo como o apresentador-mor do SBT. Será que esse tempo é chegado?

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Diploma de Jornalismo em debate na Câmara

Redação Portal IMPRENSA

A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara Federal realiza, amanhã, 9, audiência pública para debater o fim da exigência do diploma no Jornalismo. O encontro - que contará com a presença de ministros, jornalistas e professores de Comunicação Social - foi proposto pelo deputado federal Miguel Correa (PT-MG).

"Precisamos entender melhor a decisão do Supremo Tribunal Federal e ouvir todos os pontos de vista sobre o assunto", disse Corrêa, citando que o resultado da Corte necessita de amplo debate para minimizar impactos no setor.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes; o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Sérgio Murillo e a coordenadora do curso de Comunicação Social da Universidade de Brasília (UNB), Dione Oliveira Moura, estão entre os convidados ao evento.

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em 17 de junho, pelo fim da exigência do diploma ao exercício do Jornalismo. A matéria -que teve como relator o ministro Gilmar Mendes -registrou resultado unânime. Na ocasião, oito dos nove ministros presentes votaram pelo término do diploma. A informação é da Agência Brasil.

terça-feira, 7 de julho de 2009

SBT exibe especial sobre novo Potter


Beto Marden, Rony e Hermione em cenário do novo filme

O SBT Repórter exibirá um especial de Harry Potter e o Enigma do Príncipe na quarta-feira, 8 de julho, às 23h30, e trará entrevistas que o apresentador Beto Marden (Astros) fez com os principais atores do sexto filme da série, como o protagonista Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Michael Gambon, além do diretor David Yates e o produtor David Heyman.

O especial foi gravado em maio do ano passado, quando o apresentador viajou a Londres a convite da Warner Bros, produtora do filme. Beto visitou durante dois dias os sets de filmagem e gravou em vários cenários como o Beco Diagonal e o exterior do castelo de Hogwarts.

Harry Potter e o Enigma do Príncipe estréia nesta terça-feira em Londres, Inglaterra, e na semana que vem chega ao Brasil. O Contemporama teve acesso a seis minutos da nova produção e garante que vem mais um espetáculo de efeitos especiais por aí.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Qual verdade sobre Stefhany ?


Se for verdade mesmo que Stefhany tenha atraído pouco mais de 200 pessoas para seu show em Teresina no sábado, 04, a artista segue o mesmo caminho das grandes estrelas que fazem mais sucesso fora de seus rincões do que em sua própria casa.

Gente como Margareth Menezes, por exemplo, foi uma ilustre desconhecida do público brasileiro durante muitos anos até virar celebridade na música nacional... Márcia Freire, uma das trocentas vocalistas do Cheiro de Amor, já fez show em Teresina para menos de uma centena de gentes – eu estava lá e vi. Depois disso sumiu do mapa.

Se também for verdade que Stefhany deu bolo na imprensa, mesmo tendo marcado entrevista para antes do show, a cantora mostra que está no caminho de estrelíssimas que desprezam a mídia em detrimento do sono de beleza, da massagem relaxante ou por simples capricho. Dizem que a mãe serviu de porta-voz para dizer aos jornalista que Stefhie estaria dormindo e não seria acordada de forma nenhuma.

Se tudo o que disseram da passagem de Stefhany por Teresina neste fim de semana for de fato verdade, ela está morta !!!

sexta-feira, 3 de julho de 2009

O riso à meia boca


Ciclista observa charge em uma das edições do Salão de Humor: ressuscitado em 2009

O Salão de Humor do Piauí começou na quarta-feira à noite. Em tese. Ainda na manhã de ontem muitos túneis ainda não exibiam nada; apenas três deles estavam ocupados com charges, tão boas que até disfarçavam um pouco o riso meia boca do que já foi um dos mais importantes eventos culturais do Piauí.

O que aconteceu com o Salão Internacional de Humor do Piauí? Depois de seu sono de um ano ele tenta ressuscitar (acordar ainda não), mas ainda aparenta o corpo de um dos zumbis de “Thriller” – para ficar na moda e usar algo Michael Jackson. Cobri o SIHP durante seis anos como jornalista e não consigo mais reconhecê-lo agora: a mim parece mais uma caricatura de si próprio.

A desculpa de esperar por verbas públicas para a sua realização soa como um disco furado. Esperar pela boa vontade alheia reforçando um discurso de realeza deposta é suicídio. Em tempos de editais de patrocínio cultural não se deve “mais ficar aqui a esperar que um dia, de repente,você ‘olhe’ para mim” e estique alguns cruzeiros.

Há eventos bem menos importantes que o Salão na cidade que se mantêm perenes usando o dinheiro de patrocínio mediante renúncia fiscal. É fato que os editais não batem de porta em porta nos procurando, é preciso buscá-los. Será que o SIHP já tentou esse caminho? Ouvi de um projetista que existem dezenas de editais à espera de um bom projeto.

Ironicamente ontem pela manhã fui ao dentista. O consultório fica longe das exposições do Salão de Humor, mas fiz questão de ir conferir, com meus dentes limpinhos, prontos para dar meu melhor sorriso, afinal o Salão estava de volta.Em tese. Depois do pouco que vi, esbocei apenas um riso de canto de boca. Espero ainda ter dentes no ano que vem...

segunda-feira, 29 de junho de 2009

O imperador em segundo plano


O título do novo livro de Alan Massie é “Carlos Magno – a vida do imperador do Sacro Império Romano”, em tese, deveria contar a vida de uma das personalidades históricas mais importantes para a cristandade; sem as inúmeras guerras do rei contra sarracenos e muçulmanos, muitas delas incentivadas por sua megalomania em se tornar um novo César e unificar o mundo sob uma única bandeira, o catolicismo não teria se tornado a principal religião do mundo medieval e perpetuado seu poder até os dias de hoje.

O único problema do livro Massie é colocar Carlos Magno em segundo plano, dando mais ênfase aos personagens secundários, que são, sob a pena do escritor, muitas vezes mais interessantes que o próprio sacro imperador.

Massie deixa o imperador de lado para contar as sagas de seus companheiros de batalha, entre eles Alberico, o bispo Turpin e Rolando-Orlando, seu sobrinho rejeitado por anos mas cujo destino o tornaria o eleito de Carlos Magno, sucedendo até mesmo seu filho, o diabólico Charlot, em seu coração.

Esse é um dos recursos das novelas de cavalaria. A mais famosa delas conta a estória de Rei Artur e os Cavaleiros da Távola Redonda; parte da narrativa é sobre os feitos de Gawain, Galahad, Lancelot e os demais quando dispensados por seu rei.

Fora a perda do foco, “Carlos Magno” nos oferece um bom retrato – romantizado, claro - da Idade Média, tempo no qual o valor do homem era medido pelo tamanho dos seus feitos. A leitura é leve e cativante e Massie descreve brilhatemente batalhas, intrigas palacianas, amores idealizados e nobres e diverte bastante o leitor. A quem desejar, no entanto, conhecer mais a fundo a história pessoal de o redentor da cristandade deve procurar outros livro; neste o imperador Carlos Magno é bem menos importante que na História.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Um homem frágil que virou mito


Agradeço a Michael Jackson meu medo infantil de lobisomens. As imagens do clipe “Thriller” invadiram minha cabeça em 1983, num especial do Fantástico, na TV Globo. Eu, então um garoto de 8 anos, fiquei apavorado e ao mesmo extasiado com aquele rapaz negro, franzino e frágil mas que se transformava em uma besta desumana e dançava com mortos vivos. Que incrível !!!

Depois que o clipe acabou fiquei a me perguntar quem era aquele homem capaz de tantas maravilhas;nos cadernos de confidências de amigos da escola respondia que era fã dos “dançarinos” Michael Jackson e Madonna, a rainha do pop. Era uma criança e não tinha a dimensão da importância daquele rapaz mutante.

Na minha casa havia o LP “Thriller”, já muito ralado após tantas execuções. Em 1987, chegou à nossa radiola o novo sucesso “Bad”. Os discos de Michael dividiam a turma entre quem os tinha ou não. Naquele ano, já um pouco mais velho, finalmente tomei consciência da importância do artista para a música mundial.

Passei a acompanhar sua trajetória de longe porque, na verdade, nunca fui um grande fã. Já morando na capital, conheci admiradores ardorosos que chegavam até a imitá-lo. Passei a desconfiar daquele homem que virava lobisomem e foi aí que suas esquisitices e extravagâncias começaram a se tornar mais famosas do que ele próprio.

Li muita coisa a respeito e uma delas dizia que Michael mantinha uma paixão platônica por sua madrinha, a cantora Diana Ross. A adoração era tanta, diziam, que ele estava tentando se transformar fisicamente na ex-Supreme através de plásticas agressivas e continuas.

A mim também chamava atenção o fato do rancho do cantor se chamar de “Neverland” e,enquanto todos diziam que ele estava cada vez mais branco, eu defendia que estava cada vez mais parecido com Peter Pan, tanto fisicamente como nas ações: vivia rodeado de crianças, dificilmente aparecia no “mundo dos adultos ” e se recusava a deixar o passado para trás e encarar o que estava por vir.

De rei do pop Michael Jackson tornou-se gradativamente uma triste figura, um boneco cenográfico mágico que parecia vindo de seus próprios clips fantásticos. Refém de sua própria fama, mesmo decadente continuava a viver em um lugar que só existia em sua cabeça, um lugar onde tudo era perfeito e estava ao alcance de sua mão, as pessoas não tinham maldade e ele continuava soberano absoluto.

Encastelou-se dentro de si, tomando remédios que pudessem evitar qualquer contato com o mundo real; tinha pânico de se contaminar respirando o ar comum ou tocando nas pessoas. Já não conseguia distinguir realidade de fantasia. Certa vez disse que o momento perfeito era quando pulava no palco e ouvia os urros de milhares de pessoas gritando seu nome. Não sabia mais viver sem isso, mas também não sabia mais como conseguir a fama de volta.

Os monstros nos quais Michael se transformou na carreira agora assombravam sua mente. Tentou voltar à realidade mais foi traído pelo próprio coração, que como sua alma preferia ficar no mundo da fantasia. Michael Jackson não morreu, creiam, ele agora partiu de fato para a sua Terra do Nunca.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Candomblé com sotaque piauiense


O Grupo Cultural Magia das Três Raças

Há cerca de 15 anos o Balé do Sesc da Bahia trouxe ao Encontro Nacional de Folguedos do Piauí um espetáculo baseado na dança dos orixás do Candomblé, a religião oficiosa dos baianos.

Replicando o bailado dos santos da religião quando incorporam seus filhos (ou cavalos) nas cerimônias ritmadas por atabaques, o espetáculo extasiou o público pelo vigor, beleza e ineditismo.

Na noite da segunda-feira, 22, no 33º Folguedos, o ritual, ou melhor, o espetáculo se repetiu, mas com outros protagonistas: o Grupo Cultural Magia das Três Raças, ligado ao Ylê Axé de Yansã, localizado na zona norte da cidade, apresentou sua versão de dança dos orixás.

Embalados por uma "timbalada", o grupo levou xangôs, oguns, yansãs, yemanjas e oxuns ao palco nacional dos Folguedos. O público surpreso assistiu a tudo compenetrado, talvez por não saber que há uma corrente forte do Candomblé por aqui; pelo menos naquele instante, muita gente colocou o preconceito de lado e aplaudiu a manifestação (ou seria ritual?). Precisa agora vencer sua rejeição cristã e pragmática para conhecer mais de perto a cultura das religiões de matrizes africanas praticadas no Piauí. Oxalá esse tempo chegue.

domingo, 21 de junho de 2009

Folguedos de casa e cara nova


A festa ficou muito mais bonita. É essa a impressão que se tem ao visitar o 33º Encontro Nacional de Folguedos que este ano – e tomara que definitivamente – acontece na vila olímpica do estádio Albertão.

Contrariando os rumores e algumas vontades, o espaço mostrou-se perfeito como casa provisória do maior evento do gênero no Piauí: ao contrário da ‘claustrofóbica’ e desconfortável Potycabana, a vila olímpica oferece muito mais comodidade com imensas arquibancadas laterais e quadras esportivas bem amplas, o que garante ao público vários ângulos e possibilidades de assistir aos grupos folclóricos.

Com um espaço de 21 mil metros quadrados de área construída, ficou mais fácil transitar e conferir as apresentações paralelas. A segurança montada no local é ostensiva, garantindo a tranquilidade do visitante.

A decoração, que este ano tem o cordel como tema, é um brinde para quem vai conferir os Folguedos. O imenso cantador montado na entrada vira fácil cenário para fotografias de família e recordação. O violão gigante logo acima do boneco também chama a atenção.

O Encontro Nacional de Folguedos começou na sexta-feira, 19, e teve um bom público apesar de tímido; já ontem, Teresina compareceu em peso à vila olímpica, lotando quadras e arquibancadas, o que mostrou a dimensão que a festa ganhou com a nova casa. A estimativa oficial era de um público de 35 mil; o mesmo número é esperado para este domingo.

Na abertura, um dos espetáculos foi a apresentação do Boi Mimo de Santa Cecília (foto) ; criado pela união das escolas de dança e música do Piauí, bailarinos coreografados dançaram ao som de uma pequena orquestra. O resultado ficou maravilhoso lembrando os bois-espetáculo do Maranhão e Amazonas.

No segundo dia, uma boa surpresa. A estréia de um grupo tradicional vindo do Paraná atraiu as atenções para as danças e músicas até então desconhecidas dos piauienses. As marcas, nome pelo qual os paranaenses chamam as danças folclóricas do Estado, contavam histórias de pratos típicos, animais-símbolo e personagens da região. Os homens dançam calçados com tamancos de madeira e fazem um sapateado que em muito lembra a catira mineira e a chula gaúcha. A apresentação é didática e a cada dança, o locutor explica seu significado. Descobre-se que o sapateado masculino tem influencia espanhola, cuja cultura influenciou a formação do povo paranaense.

O 33º Encontro Nacional de Folguedos continua até o próximo domingo e a expectativa é que o teresinense abrace o evento que está de cara e casa nova. A festa está bonita e imperdível. Agende-se.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

O fim da exigência de diploma para o exercício do jornalismo


Por Tomás Barreiros
Jornalista diplomado e professor universitário


O destino de dezenas de milhares de brasileiros portadores de diploma superior de Jornalismo foi afetado hoje por um julgamento levado a cabo por magistrados que demonstraram não saber o que estavam julgando.

Julgava-se a obrigatoriedade ou não do diploma de Jornalismo para o exercício da profissão. Mas todas as falas dos magistrados indicavam que eles estavam analisando outra coisa. Eles falavam do direito à livre expressão do pensamento. Outra coisa, completamente diferente.

O pior de tudo é que eles pareciam nem ter se dado conta dessa diferença. Tal cegueira seria mesmo fruto de uma enorme ignorância a respeito do que julgavam ou haveria outra coisa nos bastidores? Talvez não seja de duvidar essa hipótese, dado, por um lado, o enorme poder político e econômico dos interessados no fim do diploma e, de outro, a tradição de pouca confiabilidade de nosso sistema judiciário.

Será que os juízes do STF acreditam mesmo que os proprietários de veículos de comunicação que defendiam o fim do diploma estavam interessados em defender a liberdade de expressão, como raposas que defendem a abertura das portas do galinheiro para o bem da liberdade das galinhas?

A exigência de diploma para o exercício da profissão de jornalista tem tanto a ver com o direito à livre expressão do pensamento quanto a exigência de Carteira Nacional de habilitação com o direito constitucional de ir e vir.

Pela lógica dos juízes do Supremo, qualquer cidadão poderia dirigir – caso contrário, estaria tolhido na sua liberdade de ir e vir. Pela mesma lógica, os cidadãos poderão prescindir do trabalho dos advogados, em qualquer circunstância, em nome do direito constitucional à ampla defesa.

Como se vê, parecem absurdos – assim como é absurdo relacionar a exigência do diploma com a limitação à livre expressão do pensamento.

Os distintos senhores magistrados do STF têm uma ideia completamente romântica e ultrapassada do jornalismo, como se estivessem parados no século 19 ou início do século 20. Acham que ser jornalista e trabalhar num veículo de comunicação significa expressar livremente o pensamento. Ou seja, eles não têm qualquer noção do que é o trabalho do jornalista. Acham que o jornalista tem como função manifestar seu pensamento – o que todos nós, jornalistas, sabemos que não pode ser feito pelo jornalista, a não ser em casos excepcionais ou muito específicos, como na redação de artigos e crônicas, gêneros, aliás, abertos a qualquer pessoa, com ou sem diploma.

O fim do diploma tem vários subsignificados muito tristes. Como a demonstração do total despreparo dos juízes do STF para julgar uma matéria sem conhecimento mínimo do que estão tratando. A incapacidade da classe dos jornalistas de se articular com força contra os capitalistas da mídia. A facilidade imensa que têm o poder do capital contra a fraqueza dos trabalhadores nas instâncias de poder.

Esperemos agora as consequências do fato. A desvalorização da profissão. O achatamento dos salários. A ideologização cada vez maior das redações. O povoamento das redações com estagiários de vários cursos e com apaniguados do dono do negócio. Funcionários cada vez mais submissos aos condicionamentos do patrão. Enfim, tudo com que sempre sonharam muitos dos donos da mídia.

E os senhores magistrados dormirão tranquilamente, embalados por sua ignorância – que lhes garante estar convencidos de que não fizeram nada de errado.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Abelhas e arco-íris


Esta é uma das marcas que estão concorrendo a símbolo da Semana do Orgulho de Ser que esse ano tem como tema "Trabalho e renda: lutas e conquistas em tempos de incertezas”.

O Grupo Matizes, todos os anos, faz uma votação via e-mail para escolher o símbolo do evento; diga-se de passagem, as criações são sempre inteligentes e muito bonitas, exibindo o talento do designer. O Contemporama votou na opção ao lado.

Em tempo: a Semana do Orgulho de Ser inicia suas atividades a partir da quinta-feira, 23. A programação prevê caminhadas, exibição de filmes, palestras e ações de saúde pública, entre outras atividades.

terça-feira, 16 de junho de 2009

A arte natural, frágil e paradoxal


A natureza é uma obra de arte. A afirmação, com forte tom de contemplação, faz alusão a uma das vertentes da arte contemporânea, imbuída de discutir a fragilidade do meio ambiente a partir de obras de arte produzidas com material descartado na natureza – em sua grande maioria fruto da ação do homem. Um bom exemplo são as criações de Franz Krajcberg.

Com esse tema, o Museu de Arte Contemporânea de São Paulo abre hoje a exposição “Arte Frágil, Resistências”, que exibe 37 obras de artistas brasileiros e franceses cuja produção reflete uma preocupação ou ligação o meio ambiente. A mostra fica em cartaz até à primeira semana de agosto.

Segundo a assessoria, a exposição “Arte Frágil” procura fazer uma leitura sobre a trajetória do tema Arte e Ecologia e mostrar os trabalhos da recente produção contemporânea de artistas do Brasil e da França que, em comum, têm suas obras permeadas pela reflexão acerca do tema da natureza na sociedade urbana e a consequente preocupação com o desequilíbrio ecológico que a intervenção humana e o progresso acarretam.

Além de 13 esculturas de Krajcberg, a mostra, que acontece na unidade MAC USP no Ibirapuera, exibe ainda obras de Brígida Baltar, José Bento, Amélia Toledo, Caio Reisewitz (foto),Erik Samakh, Jean-Charles Pigeau, entre outros.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

... e é sincero o meu amor...


O rapaz de 21 anos de idade, porte atlético e cara de menino vira para mim e pergunta: “O que acha do meu relacionamento com ela?” Ele se refere à sua namorada, 22 anos mais velha.

Como acabei de conhecer o casal, amigo de uma amiga, penso por uma fração de segundo e disparo a primeira frase que me vem na cabeça: “Se é sincero, vale a pena”.
Falei meio de chofre, talvez mais para me livrar da difícil análise de uma relação que acabo de conhecer.

Observando os dois mais a fundo, percebi que se completam: ele com todos os arroubos da juventude, ela com a cautela que só a maturidade possui; ele com todo o gás, ela com a sábia temperança, etc, etc, etc...

Mais tarde me surpreendo que ela é mais ousada que ele. E ele, se ela deixar, incendeia o mundo em volta só para ela assistir ao espetáculo. Achei incrível a combinação, a parceria e, mais ainda, a cumplicidade.

Fiquei sabendo antes que os filhos dela não concordam com o namoro. Mas ela não abre mão de ser feliz... com ele. E ele está querendo aprender a viver...com ela. Se ele me perguntasse mais uma vez o que achara daquela relação depois de tanto que vi, diria: “É sincero. Vale muito a pena.”

terça-feira, 9 de junho de 2009

Morgan Freeman será Mandela no cinema


Dirigido por Clint Eastwood e contracenando com Matt Damon, o ator será um dos protagonistas de “Invictus”, drama que conta a saga do ex-presidente da África do Sul ao tentar unificar uma nação divida através do esporte.

“Invictus” tem estréia prevista para 11 de dezembro de 2009 nos EUA e no resto do mundo apenas em 2010. O filme conta a inspiradora história real de como Nelson Mandela (Morgan Freeman) juntou forças com o capitão da seleção de rugby da África do Sul (Damon) para ajudar a unir a nação.

O recém-eleito presidente Mandela sabe que seu país continuava dividido racial e economicamente após o fim do apartheid. Acreditando que ele poderia unir seu povo por meio da linguagem universal do esporte, Mandela apoia sua seleção, uma zebra, até que eles chegam à final da Copa do Mundo de 1995.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Milhares de olhos sobre Piovani


Luana Piovanni nem de longe é uma mulher que passa despercebida. Que o diga o público de Teresina onde Badalou neste final de semana tanto no circuito very important person quanto no GLS com desenvoltura, aproveitando temporada de seu “Pássaro da Noite”.

Enquanto isso no cinema, o filme que protagoniza com Selton Melo, “A Mulher Invisível” levou nada menos que 229.600 pessoas à sua estreia na sexta-feira, 05, dia em que Piovani estreou também no teatro no Piauí. Segundo a Warner, produtora associada, “A Mulher Invisível” teve mais público na estreia que “Divã” (também em cartaz em Teresina) e “Meu Nome Não é Johnny”, esse sucesso absoluto de público e crítica. A produção com Piovani perde apenas para “Se Eu Fosse Você 2”.

O ENREDO: Pedro (Selton Mello) acreditava no casamento, mas foi abandonado pela esposa. Após três meses de depressão e isolamento, ele ouve batidas na sua porta. É a mulher mais linda do mundo pedindo uma xícara de açúcar: Amanda (Luana Piovani), sua vizinha. Pedro se apaixona por aquela mulher perfeita, carinhosa, sensível, inteligente, uma amante ardente que gosta de futebol e não é ciumenta. Seu único defeito era não existir.

domingo, 7 de junho de 2009

Pós-impressionistas no Sesc Maranhão


Quarenta reproduções de obras famosas de Van Gogh, Modigliani, Lautrec, Gauguin, Cézanne, Klimt (foto)entre outros, estarão em exibição no Sesc da Avenida Maranhã,a partir desta segunda-feira, 08, e fica em cartaz até dia 26 de junho. A exposição é acompanhada por monitores que fornecem informações sobre o movimento artístico e artistas objetos da mostra. A entrada é franca.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Os livros em papel vão acabar?

Por Fábio Diegues
da editora Contexto

A pergunta do título permeia a cabeça dos amantes da leitura e dos empresários do setor. Com a chegada do Kindle e outros aparelhos para leitura de livros, está chegando ao fim a era do livro impresso?

O diretor comercial da Editora Contexto, Daniel Pinsky, acaba de defender sua dissertação de mestrado na FEA/USP, que parte da seguinte pergunta: A cadeia produtiva da música foi fortemente afetada pela chegada da digitalização e da internet. Uma empresa de tecnologia (Apple) apresentou um aparelho (Ipod) e hoje comanda a cadeia produtiva da música. O que pode acontecer com a cadeia produtiva do livro?

Partindo desta comparação, ele apresenta a importância que as editoras têm para o processo de comercialização dos livros e a setorização. “Mostro que para se analisar a indústria editorial é necessário ter em mente o conceito de setorização, ou seja que os setores de livros são muito diferentes entre si. Enquanto alguns estão sofrendo um forte impacto com digitalização e a chegada da internet, outros sentem pouco”, explica Daniel Pinsky.

Em seguida é apresentado o conceito de livros eletrônicos, muitas vezes confuso para consumidores e até para profissionais da área. A expressão “livro eletrônico” assim como a palavra “livro” pode significar a mídia onde se lê e também o conteúdo. Ou seja, algo físico e palpável, mas também intangível que se transforma na cabeça de cada leitor.

Daniel consultou em sua pesquisa de campo profissionais de editoras de livros universitários e professores da USP e do Mackenzie. Apesar do pouco uso que os professores fazem do livro eletrônico, já enxergam diversas vantagens e podem vir a usa-los, caso exista oferta adequada. É possível que venha a acontecer na área editorial o mesmo que na área fonográfica: A indústria de tecnologia apresenta um produto (Ipod) que acaba sendo o ponto forte da cadeia, jogando para segundo plano a indústria que produz/reproduz o conteúdo (gravadoras).

“Acho muito difícil que o livro impresso acabe, pelo menos nos próximos 50 anos, mas sem dúvida o mercado de livros de diversos segmentos vai mudar bastante com presença maior dos livros eletrônicos”.

Daniel Pinsky é administrador de empresas formado na FGV com Mba em Varejo pela Fia (USP? CF) e mestrado em administração pela FEA/USP. Atua na área editorial há 20 anos, exercendo atualmente o cargo de diretor comercial da Editora Contexto.
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quinta-feira, 4 de junho de 2009

E o nosso Vavá, quando vai ?


Ouvi ontem à noite uma entrevista do cantor e compositor Vavá Ribeiro – a quem tenho profunda admiração e respeito – na programação local da rádio Jovem Pan e pincei uma frase de seu discurso que me chamou muito a atenção.

Ao responder uma pergunta da simpática locutora sobre o que andava ouvindo, Vavá finalizou a lista citando Zeca Baleiro e Vander Lee. “Me considero contemporâneo deles, a única diferença entre nós é que eles fizeram sucesso primeiro (do que eu)”.

Concordo. Vavá é um grande artista que o Brasil e o mundo precisam descobrir e tomar posse de seus discos. Fico, então a me perguntar o que falta para que ele deslanche de vez no cenário nacional. Até porque pela experiência e o currículo que tem, isso já era para ter acontecido. (Vote na enquete ao lado)

O cantor e compositor já passou pela peregrinação que todo artista piauiense e brasileiro faz para tentar a sorte “lá fora”. Já foi para o Sul, passou um tempo por lá, fez turnê inclusive fora do Brasil, lançou discos evoluídos em seqüência, foi assunto de especial de TV nacional e... continua esperar o grande momento como ele próprio afirma.

A entrevista fluiu bem interessante e Vavá atacou a quem lhe ataca com a pecha de estrela. “Não sou obrigado a cantar a música que me pedem em shows. Tenho problemas em me concentrar com alguém falando durante minha apresentação. Quando me dizem que pagaram para me ver, digo que isso é mínimo que podem fazer”.

Aí, o cantor e compositor me lembrou duas grandes artistas, uma brasileira e outra americana, geniais naquilo que cantam, e parecem que compartilham da opinião do piauiense se levarmos em conta seus comportamentos dentro e fora do palco.

A soprano americana Jesse Norman, certa vez, ao desembarcar em Paris e entrar em uma limusine que a esperava com o ar-condicionado ligado, telefonou para seu produtor em Nova York e ordenou que ele entrasse em contato com a produção francesa do show para que esta pedisse ao motorista do automóvel que desligasse o ar-condicionado do veículo porque afetaria a valiosa garganta de Norman.

A nossa Adriana Calcanhoto, em show memorável em Teresina há alguns anos, reclamou da luz, do som, tentando afinar detalhes no palco aquilo que, em tese, já estaria afinado. Ora a iluminação estava forte demais, ora fraca demais. Ora o retorno a incomodava mortalmente para depois ela não conseguir ouvi-lo. Para a platéia foi gritante seu mau humor e sua antipatia, mas o show foi, como dissemos, memorável.

Coisa de grande artista ou frescura? O fato é que tanto Jesse quanto Adriana já alcançaram o estrelato e podem. Falta o nosso Vavá atingir as estrelas também. Se bem que para muitos, mas muitos de nós mesmo, ele já seja uma constelação inteira.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Mais Piauí no DocTV


O audiovisual piauiense tem dito presente no programa DocTV, do Ministério da Cultura, desde a sua segunda edição, em 2004. Na quinta-feira, 04, mais dois documentários serão lançados na abertura oficial da série de 55 trabalhos inéditos que começa a ser exibida na mesma noite em rede nacional através das TVs Cultura e Brasil.

Dessa vez emplacamos “O Retorno do Filho”, de Douglas Machado (sempre ele!!) e “Divino Encanto”, de Luciano Klaus – estreante no programa. O primeiro acompanha uma viagem do escritor Alberto da Costa e Silva à Amarante de seu pai, o poeta Da Costa e Silva; Klaus registra a peregrinação de cantadores do Divino pelo sertão do Piauí.

O lançamento acontece a partir das 18h, na galeria do Clube dos Diários e tem entrada franca. Os documentários piauienses serão exibidos na oportunidade. Esses são mais dois grandes passos para o audiovisual piauiense.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Potter melhor que no livro


Acabamos de receber da Warner o trailer e os cartazes de “Harry Potter e o Enigma do Príncipe”. A produtora faz uma ação inédita no Brasil e divulga a versão final de uma seqüência de tirar o fôlego do sexto filme do bruxo que estréia no país em 15 de julho. É possível afirmar que, contrariando a tradição, dessa vez o filme parece ter superado o livro de J. K. Rowling. Este é um dos onze pôsteres criados para a produção.

O enredo mostra que enquanto Harry (Daniel Radcliffe) inicia o sexto ano letivo em Hogwarts, Lorde Voldemort (Ralph Fiennes) espalha destruição por toda a Inglaterra e a pressão para derrotá-lo torna-se cada vez mais forte.

Usando um antigo livro de poções que pertenceu ao “Príncipe Mestiço”, Harry aprofunda seus conhecimentos de magia e prepara-se para a batalha. Antes, porém, ele precisa ajudar Dumbledore (Michael Gambon) a descobrir o segredo da cruzada de Voldemort para conseguir a eternidade – os esconderijos de seus Horcruxes. Mas a busca pelos Horcruxes leva a uma batalha em Hogwarts, com um terrível desfecho, e Harry acredita que deve seguir sozinho para derrotar o Lorde das Trevas.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

O sexo que está na cabeça


Num mundo onde as fronteiras estão cada vez menos delimitadas e parece ter virado moda revelar experiências sexuais tidas como nada ortodoxas, um teste afirma delimitar qual o sexo do nosso cérebro.

Espécie de quizz científico, a avaliação é no mínimo divertida e não faz mal algum - pelo menos para os mais relaxados. Nós fizemos. O resultado bateu. E o seu?

Acesse o link que segue e descubra se dentro da sua cabeça mora um homem ou uma mulher.
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI65446-15224,00-QUAL+E+O+SEXO+DO+SEU+CEREBRO.html

Piauí implantará maior número de bibliotecas em todo o Nordeste


Boas novas divulgadas pelo boletim do Ministério da Cultura: o Piauí é o estado que implantará o maior número de bibliotecas públicas municipais através do Programa Mais Cultura em todo o Nordeste.

Segundo o informe, ao todo, o Estado receberá 136 kits para a instalação das novas unidades, com um investimento de R$ 7,9 milhões. Além da implantação, outras 33 bibliotecas deverão ser modernizadas por meio de uma parceria entre o Mais Cultura e o Governo do Estado, totalizando investimento de R$ 1,8 mi.

De acordo com o MinC, um dos objetivos da ação é democratizar o acesso ao livro via Programa Livro Aberto. A Fundação Cultural do Piauí (Fundac) está percorrendo municípios dos territórios carnaubais, cocais e planície litorânea realizando um trabalho de mobilização e sensibilização junto às prefeituras que ainda não se inscreveram no programa.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Preta Gil uma aproveitadora ?


Pelo menos é o que acha a maioria (60%) dos leitores do blog. O resultado da enquete feita aqui sobre as reais intenções do convite da dublê de cantora e atriz à Stefhany para cantarem juntas em show no Canecão, Rio de Janeiro, apontou que Preta quer mesmo é lucrar com o sucesso da garota do Cross Fox na internet.

Será mesmo? Se pensarmos que a filha de Gilberto Gil tem uma carreira irregular – nem é cantora nem é atriz de verdade – e encontra na sua autenticidade seu maior talento, pode ser que se aliar à nossa “Susan Boyle do sertão” não seja má idéia.

Por outro lado, para Stefhany chegar a cantar no Canecão, palco histórico da MPB, sem uma ajudazinha ainda teria que comer muito arroz com feijão ou dirigir muitos Cross Fox pelas ruas de Inhuma. Gil e Stefhie já andam acertando os detalhes do show. Medo.

Na média, será bom para as duas... e para nós também: imagine Preta e Stefhany em um dueto algo Divas in Concert ?! Imperdível. Impossível. Impensável.