segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O blog mudou de endereço


Este sou eu feliz da vida com a nova casa do Contemporama...

Meus caros, o Contemporama agora está hospedado no portal Cidadeverde.com. O convite nos foi feito pela jornalista Yala Sena já há alguns meses e agora concretizou-se.Estou contente que este espaço, que se compromete a observar, divulgar, comentar e analisar a cultura de nosso tempo, tenha ganho mais visibilidade.

Espero que os que me lêem aqui no blogspot continuem a fazê-lo na nova casa. No mais, conto com vossas visitas e prometo providenciar a ferramenta para que postem comentários também. Um grande abraço e obrigado pela atenção.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Teatro nacional nos palcos de Teresina


ALZIRA POWER: uma das três peças que virão à capital em projeto da Petrobrás

Platéias de Teresina, comemorai mais! Nem bem saímos do Festival de Teatro Lusófono e já a partir de outubro os teatros da capital vão receber nada menos que três grandes montagens nacionais de teatro.

Teresina foi selecionada entre as 85 cidades do país que vão receber algumas das 43 peças contempladas no primeiro edital de circulação teatral do Programa BR de Cultura. Confira a programação aqui.

Artistas do porte de Marieta Severo, Andrea Beltrão e Denise Stoklos, entre muitos outros, percorrerão o Brasil com suas mais novas produções em cartaz no eixo sudeste-sul e que dificilmente conseguem chegar a praças mais distantes devido aos altos custos de produção.

Teresina receberá três espetáculos: “Rainha (s) – duas atrizes em busca de um coração”, adaptação de Cibele Forjaz para romance sobre a vida de Maria Stuart, escrito pelo alemão Friedich Schiller; a segunda montagem que virá à capital do Piauí é o infantil “A Bela Adormecida por Lasanha e Ravióli”, de Mônica Biel e Ana Barroso; a terceira e última é “Alzira Power”, com Cristina Pereira e Sidney Sampaio, ator que vive o personagem judeu Benjamin na novela “Caras & Bocas”, da Globo.

sábado, 29 de agosto de 2009

A princesa, os plebeus e o Twitter


Erro gramatical de Sasha causou polêmica: caiu na Rede...

A polêmica que deu o tom esta semana foi o erro gramatical virtual de Sasha, a princesa dos baixinhos, herdeira de Xuxa Meneghel. Ao usar o Twitter da mãe, a menina escreveu a palavra cena com “S” e, sem querer, lançou a mãe num qüiproquó virtual. (Qüiproquó... Português é mesmo língua intrincada, não?!).

Para defender a garota e a si própria – afinal, vossa majestade é responsável pela educação primorosa que Sasha deve estar recebendo – Xuxa saiu-se com essa de que a filha é alfabetizada em inglês. Não pegou. Bem, digo.

Com a desculpa, a rainha dos baixinhos quis fazer um giro, como dizem, e acabou soando pedante e, pior, não convencendo a ninguém. Bastava apenas dizer que Sasha ainda é uma criança no início de um longo processo de aprendizagem , se escrever corretamente – ou no mínimo tentar escrever – é um problema para milhões de brasileiros, inclusive aqueles que estão na faculdade, imagine para um garota na idade da princesinha em questão.

Até onde soubemos, Sasha aproveitou uma brecha nas gravações do próximo filme de Xuxa e postou a frase da discórdia usando o Twitter da mãe. É bem provável que Xuxa não estivesse por perto no momento. Errou por ter deixado a filha sozinha usar uma ferramenta que a pode por em contato com milhares de pessoas. Aposto que Sasha não tem perfil em nenhum site de relacionamento por motivos são óbvios.
E se Xuxa esteve ao lado da filha na hora em que ela fez a postagem? Pior: por que, então, deixou que Sasha escrevesse errado?

Depois do estrago feito, vossa majestade irritou-se com os comentários, usando um sonoro palavrão para devolver os insultos. Ora, quem entra na chuva é para se molhar. Na Internet 2.0 também é assim: você diz o que quer e escuta de tudo também. Absolutely no regrets !!! Essa Sasha vai entender.

Xuxa não é criança. Essa o é Sasha. O aborrecimento da apresentadora veio de uma espantosa desaprovação de um público que até então ela julgara fiel e cordato a extremos. Se Xuxa pensava que entre seus seguidores no microblog só havia admiradores, teve uma grande decepção ao descobrir que eles tem opinião e essa nem sempre é cordata e aprovadora. Os meios de comunicação virtuais têm uma máxima: caiu na Rede, vira manchete. Não tem essa de voltar atrás.

O Twitter tem revolucionado a internet desde a sua invenção, principalmente no mundo das celebridades. Os fãs têm agora um canal direto com seu ídolo – para o bem ou para o mal. No caso de Xuxa, da princesinha Sasha e dos seguidores plebeus, essa interatividade terminou em insurreição e trincou o relacionamento da rainha com seus eternos baixinhos online. Internet não é brincadeira de crianças.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Coldplay manda lembranças


Um registro de show recente da banda inglesa na Dinamarca

Divido com vocês uma das muitas fotos que recebi da assessoria de imprensa do Coldplay. Na imagem, Chris Martin é banhado por uma chuva de papel colorido durante apresentação no festival de Roskilde, na Dinamarca. Bela imagem, não ?! A data da apresentação da banda foi no início de julho. Roskilde é um dos três mais famosos festivais de pop e rock na Europa, ao lado de Glastonburry e Sziget.

Se quiser saber mais sobre os caminhos do Coldplay, acesse o site. Lá tem um photoblog (parece-me que atualizado pelos próprios integrantes da banda) agenda e promoções. Os textos são em inglês. Good coldplaying !!!!

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Riso, memória e lágrimas no picadeiro


TEATRO EXTREMO:grupo português trouxe grande encenação ao Festluso


O riso nunca morre, mas os dentes caem no avançar da idade e os músculos cansados da face transformam uma gargalhada numa máscara mista de dor e choro. A memória, esse martelo, regride para o passado, insistindo em trazer lembranças de um tempo finito, embora glorioso.

Lauren Bacal, quando homenageada no Oscar há alguns anos, irritou-se profundamente com uma imagem sua na juventude projetada no telão. O seu silêncio disse tudo. Se é difícil para o homem comum encarar a decadência, imagine para alguém acostumado às luzes e aos aplausos.

Na noite de ontem, três velhos palhaços velhos – mas não palhaços velhos – subiram ao palco do Theatro 4 de Setembro, atendendo a um anúncio de emprego publicado em um jornal. Felippo, Peppino e Nicollo tiveram um passado glorioso nos picadeiros mundo afora. Dessa época restam exatamente um recorte de jornal, um cartaz amassado e uma garrafa de bebida. No mais, apenas os sarcasmos e as boas memórias do trio, agora encarando a escassez de trabalho na idade avançada.

Esse é o enredo de “Velho Palhaço Precisa-se”, texto do romeno Matei Viscniec, apresentado pelos portugueses da Cia de Teatro Extremo, de Almada, Portugal, na programação do Festival de Teatro Lusófono. Os espectadores tiveram diante de si um brilhante exercício de clown, técnica das mais sublimes da interpretação.

A tragicomédia ganhou fácil a platéia devido à singeleza e o carisma dos personagens. Entre muitas gargalhadas e gagues está presente, no entanto, uma tristeza velada, uma certa nostalgia. O riso ainda é o melhor dos remédios e o segundo melhor professor depois do mundo.

Divertindo-se com seu caleidoscópio de lembranças, o trio de velhos palhaços se reveza na demonstração de talentos individuais, um tentando sobrepujar o outro; o que possa parecer desunião na verdade é o puro medo da exclusão pela velhice: só há uma vaga anunciada para a função nos jornais.

“Velho Palhaço Precisa-se” é uma interessante e comovente alegoria sobre a condição humana. É preciso viver o tempo a seu tempo. Deixar o passado onde ele deve ficar e preparar-se e aceitar o apagar das luzes. Os talentos desaparecem atrás da máscara da idade avançada. Poucos, quase ninguém oferece mais que uma vaga a um velho homem/palhaço que tem coragem de querer voltar ao palco

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

DICA: Paulo Coelho disponibiliza livros inéditos para download gratuito


O escritor e mago (?!)resolveu dar um presentinho aos seus milhares de fãs espalhados pelo mundo e nesta segunda-feira, dia em que completa 62 anos de saga, disponibilizou nada menos que três livros inéditos para download em seu blog. O melhor: é tudo 0800.

Os títulos são "O Caminho do Arco" (aventura), "Histórias para os Pais, Filhos e Netos" (fantasia e contos de fada) e "O Guerreiro da Luz" (compilação de contos). Segundo o próprio escritor, os leitores só terão a chance de conhecer as novas produções na Internet porque ele não pretende publicar os livros da forma convencional.

Se você é como eu, que não tem medo de Paulo Coelho e acha suas histórias inofensivas e mero entretenimento, vá lá e garanta sua leitura.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Da série “Eu odeio...”


Faz 20 anos que Raul Seixas morreu: já foi tarde e nem percebi

Essa quase passou despercebida: faz 20 anos que Raul Seixas morreu. É sério? Nem percebi. Aliás, para lembrar a morte de alguém, esse vulto precisa ser muito valioso sentimental ou artisticamente. Coisa que o defunto tardio não o é. Por mim ele até teria nascido, mas não se arriscaria a cantar. Pelo menos não na minha frente, no meu CD player ou toca MP3.

Sinceramente, acho uma tortura ouvir suas músicas que não dizem nada com coisa nenhuma – coisa de quem parece não ter escrito uma letra sóbrio. Viagem, viagem, viagem, meu caros amigos.

Uma vez me disseram que ele não estaria bem lá do outro lado onde deve ainda estar vagando. Pudera depois de ter cantado tanta coisa ruim.

Para meu alívio quem deve estar tomando todas por conta da efeméride raulseixiana deve ser meu ex-vizinho que promovia sessões longuíssimas de tortura quando resolvia ouvir toda a produção musical do baiano. Tomara que meu ex-vizinho tome todas ouvindo seu ídolo e tenham uma pancreatite tão violenta quanto a que matou o cantor !!!

Odiava ter que ouvir aquelas melodias que fediam a mofo e me lembravam uma roda de bêbados e alucinados tentando acompanhar “eu nasci há dez mil anos atrás” com dez línguas na boca e algumas no bobe.

Gente, o que é “Gita”? Alguém me explique. Os seguidores do hinduísmo deviam proibir fazerem aquilo com o seu “Baghavad Gita”, que significa “Canção de Deus”. E o diabo – com quem parece Raul ter andado se envolvendo - da letra ainda tem a assinatura de Paulo Coelho. Aposto como ele se arrende, aposto.

Não vou me estender e dedicar mais espaço à memória de um cantor cujas músicas me arrepiam – de desgosto, saliento. Já disse que não suporto Roberto Carlos. Coloco agora a estatueta de Raul na mesma estante (com as costas viradas para a rua como um Buda de castigo). E estou preparando mais uma: a de Chico Buarque. Alguém já tentou avisá-lo de que ele não canta, gente ?! E, por favor, em qualquer show que eu estiver NÃO TOQUEM RAUL !!!!!