domingo, 21 de junho de 2009

Folguedos de casa e cara nova


A festa ficou muito mais bonita. É essa a impressão que se tem ao visitar o 33º Encontro Nacional de Folguedos que este ano – e tomara que definitivamente – acontece na vila olímpica do estádio Albertão.

Contrariando os rumores e algumas vontades, o espaço mostrou-se perfeito como casa provisória do maior evento do gênero no Piauí: ao contrário da ‘claustrofóbica’ e desconfortável Potycabana, a vila olímpica oferece muito mais comodidade com imensas arquibancadas laterais e quadras esportivas bem amplas, o que garante ao público vários ângulos e possibilidades de assistir aos grupos folclóricos.

Com um espaço de 21 mil metros quadrados de área construída, ficou mais fácil transitar e conferir as apresentações paralelas. A segurança montada no local é ostensiva, garantindo a tranquilidade do visitante.

A decoração, que este ano tem o cordel como tema, é um brinde para quem vai conferir os Folguedos. O imenso cantador montado na entrada vira fácil cenário para fotografias de família e recordação. O violão gigante logo acima do boneco também chama a atenção.

O Encontro Nacional de Folguedos começou na sexta-feira, 19, e teve um bom público apesar de tímido; já ontem, Teresina compareceu em peso à vila olímpica, lotando quadras e arquibancadas, o que mostrou a dimensão que a festa ganhou com a nova casa. A estimativa oficial era de um público de 35 mil; o mesmo número é esperado para este domingo.

Na abertura, um dos espetáculos foi a apresentação do Boi Mimo de Santa Cecília (foto) ; criado pela união das escolas de dança e música do Piauí, bailarinos coreografados dançaram ao som de uma pequena orquestra. O resultado ficou maravilhoso lembrando os bois-espetáculo do Maranhão e Amazonas.

No segundo dia, uma boa surpresa. A estréia de um grupo tradicional vindo do Paraná atraiu as atenções para as danças e músicas até então desconhecidas dos piauienses. As marcas, nome pelo qual os paranaenses chamam as danças folclóricas do Estado, contavam histórias de pratos típicos, animais-símbolo e personagens da região. Os homens dançam calçados com tamancos de madeira e fazem um sapateado que em muito lembra a catira mineira e a chula gaúcha. A apresentação é didática e a cada dança, o locutor explica seu significado. Descobre-se que o sapateado masculino tem influencia espanhola, cuja cultura influenciou a formação do povo paranaense.

O 33º Encontro Nacional de Folguedos continua até o próximo domingo e a expectativa é que o teresinense abrace o evento que está de cara e casa nova. A festa está bonita e imperdível. Agende-se.

2 comentários:

Nane disse...

nem fui! tive que me contentar com a cidade junina, apesar de muita gente feia, quente e areia nos pés, o arrumadinho compensou senão...


pois, beijos no coração da Nanefields! huhuh

;P~

Rosinha disse...

Fui lá.
Esta aprovado.